O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque ocorrido no sul do Irã, que resultou na morte de 84 pessoas. O atentado aconteceu durante uma homenagem ao general Qassim Suleimani, assassinado em 2020. As explosões ocorreram perto do túmulo do general, localizado em uma mesquita na cidade de Kerman. Segundo informações da agência Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária do Irã, duas bombas escondidas em pastas foram detonadas por controle remoto, uma a cerca de 700 metros do túmulo e outra a quase 1 km, no cemitério da cidade. Inicialmente, assessores próximos ao presidente iraniano Ebrahim Raisi acusaram Israel e os Estados Unidos pelo atentado, porém ambos os países negaram qualquer envolvimento. De acordo com o jornal ‘The New York Times’, oficiais americanos também indicaram que o Estado Islâmico foi o responsável pelo ataque. Na quarta-feira, 3, autoridades iranianas haviam informado que o número de mortos era de 103, mas o ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, declarou nesta quinta-feira que o número havia sido revisado para 84.
Esse atentado evidencia um ressurgimento do Estado Islâmico, que havia perdido força na região após uma ofensiva liderada pela coalizão americana. O grupo já assumiu a responsabilidade por outros ataques no Irã, incluindo um ocorrido em outubro de 2022, quando um homem armado matou 13 pessoas em um santuário na cidade de Shiraz. Além disso, nos últimos dias, o Oriente Médio tem vivenciado uma escalada na tensão regional, com ataques contra alvos relacionados ao Irã e ao grupo radical xiita Hezbollah no Líbano e no Iraque. No Iraque, dois membros do Hashd Al-Shaabi, uma facção iraquiana próxima ao Irã, foram mortos em um ataque realizado com um drone contra um edifício da organização em Bagdá. O ataque atingiu um centro de apoio logístico do grupo no leste da capital iraquiana, deixando dois mortos e sete feridos. O governo americano reivindicou a autoria do ataque, acusando a milícia de atacar bases dos EUA no Iraque. Esses episódios recentes aumentaram ainda mais a tensão no Oriente Médio.
Leia também
Bill Clinton aparece em documentos de abuso sexual e tráfico de crianças relacionado a Jeffrey Epstein
Apoio financeiro dos Estados Unidos à Ucrânia chega ao fim após dois anos