Dois jornalistas foram mortos em um ataque israelense na Faixa de Gaza, neste domingo, 7, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas. A guerra entre Israel e o grupo palestino já dura três meses e, durante esse período, 77 jornalistas e trabalhadores da imprensa perderam a vida, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). A maioria das vítimas eram palestinos, mas também houve mortes de jornalistas israelenses e libaneses. As vítimas foram identificadas como Mustafa Thuria, cinegrafista independente que trabalhava para a agência francesa AFP, e Hamza Wael Dahdouh, repórter do canal al-Jazeera. Ambos estavam em um veículo quando foram atingidos pelo bombardeio. O pai de Hamza, Wael al-Dahdouh, editor-chefe do escritório da al-Jazeera em Gaza, também foi ferido recentemente em um ataque. Sua esposa e outros dois filhos foram mortos nas primeiras semanas da guerra.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
O número de jornalistas mortos na guerra entre Israel e Hamas é quatro vezes maior do que o total de profissionais mortos durante a guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, de acordo com o Comitê de Proteção a Jornalistas. A guerra no Oriente Médio já dura três meses e, após um ataque terrorista devastador em Israel, o país prometeu aniquilar o Hamas. Em resposta, Israel tem realizado sucessivos bombardeios e incursões terrestres para desarticular o grupo. A situação em Gaza é cada vez mais grave, com mais de 22,8 mil mortos, a maioria mulheres e crianças. A crise humanitária se intensifica, com hospitais atingidos e a entrada de ajuda humanitária limitada. Além disso, a falta de água aumenta o risco de doenças infecciosas. A pressão internacional sobre Israel tem aumentado devido à dureza dos combates e ao número desproporcional de mortos. Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, anunciaram planos para a retirada temporária das tropas do norte.
Enquanto isso, a região do Oriente Médio enfrenta uma tensão adicional devido ao assassinato de um líder do Hamas no Líbano. Os ataques na fronteira entre Israel e Líbano têm se intensificado desde outubro, com a milícia libanesa disparando mísseis contra bases militares israelenses. Líderes mundiais estão buscando formas de evitar uma escalada do conflito. O secretário de Estado Americano, Antony Blinken, está realizando uma visita à região, enquanto o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, se encontrou com um líder do Hezbollah em Beirute.
Leia também
Brasil critica declarações de autoridades de Israel sobre emigração dos palestinos
Hezbollah ataca Israel em ‘resposta inicial’ ao assassinato de líder do Hamas e amplia tensão no Oriente Médio