O monumento continua a recuperar da quebra de procura que sofreu com a pandemia, mas o número de visitas ainda está longe das 186.555 de 2019. Em 2020, já sob o efeito da covid-19, a afluência desceu para as 83.873 entradas.
Segundo avançou a Câmara de Leiria à agência Lusa, entre o início do ano e até 30 de novembro foram contabilizadas 115.684 visitas, o que representa “um aumento de 6,18% comparando com [todo o ano de] 2022”.
Neste ano verifica-se um aumento da procura por público estrangeiro: nos primeiros 11 meses de 2023 41% dos mais de 115 mil visitantes foram estrangeiros, contra 31% de visitantes não-portugueses de 2022.
“Verificamos uma larga representatividade de públicos internacionais, mas as principais nacionalidades são a brasileira e a espanhola”, sublinha a autarquia.
Para 2024 estão previstos vários projetos para o Castelo de Leiria: desde logo um que visa a garantia das condições do monumento, que será alvo de “monitorização e avaliação estrutural e de riscos”.
O núcleo amuralhado, o Castelo e envolvente, serão analisados do ponto de vista estrutural geológico e geotécnico “para definição das metodologias de intervenção para o tipo de patologia que esteja e/ou vier a ser identificada, bem como o cronograma de intervenção”.
Em outubro deste ano, na apresentação da monitorização estrutural do Castelo realizada entre 2021 e 2022, foram apontadas 19 áreas problemáticas, algumas a precisar de intervenção urgente, avançaram os especialistas.
De acordo com o município de Leiria, “será naturalmente dada primazia às [zonas] que se revelarem de maior risco e complexidade”, tendo sido remetida à Direção Regional de Cultura do Centro “a proposta de metodologia” que “aguarda parecer”.
Para o próximo ano está também previsto “realizar o projeto museológico e de interpretação do Castelo, bem como o projeto de intervenção com base na monitorização, que irá basear-se nos resultados do estudo referido e nas propostas de intervenção que vierem a ser realizadas, inclusivamente nas zonas que apresentam problemas”.
O projeto de intervenção “irá repensar todo o espaço”, avança a autarquia, que em novembro nomeou uma nova equipa de coordenação para o Castelo.
“Os novos colaboradores que foram admitidos irão permitir concretizar com maior celeridade os projetos e programas com vista à requalificação do Castelo, mas também no que diz respeito à diversificação da oferta cultural e realizar uma gestão mais eficiente de recursos”.
Ainda em 2023, os dois acessos mecânicos que facilitam a subida ao monumento estiveram encerrados 25 dias, por questões relacionadas com “vandalismo e manutenção corrente e corretiva”.
“O elevador sul [junto à Sé] esteve parado dez dias, na sequência de atos de vandalismo”, detalha o município.
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